É incrível a tentativa de analisar a vida e identificar as variadas ferramentas disponibilizadas de forma generalizada, afinal, podemos nos deparar com "o errado", porém, é preciso saber distinguir em que momento o errado passa a ser certo. Retomo o assunto da mentira com uma visão acrescentada, não permitindo a inclusão de experiências pessoais desta vez. Somos educados para acreditar e pregar a verdade durante nossas vidas, mas tudo que é criado por um ser imperfeito tende a seguir a mesma estrutura. A verdade pode ser libertadora, porém, nem sempre será bem-vinda por ser a maior dor possível existente e lidar com isso requer demais de nós.
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Todos somos capazes de mentir, não há esse que nunca mentiu ou é incapaz de fazê-lo e ainda que alegem que mentira é opcional já estão mentindo. Há diferenciados graus de mentiras que se adequam de acordo com o cenário, assim como suas consequências, portanto, uma mentira pode tornar-se benéfica a todos visto que há segurança na ignorância. Releva-las e perdoa-las tornam-se possíveis mesmo sem conhecimento dos fatores que levaram à existência dela, o que pode variar de acordo com o indivíduo.
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Palavras são artificiais pois são o instrumento de uma mentira, a única coisa que pode sustentar sua existência. Todos somos mentirosos natos, mas nem tudo o que é dito é uma mentira. Não há uma maneira concreta de distinguir uma verdade de uma mentira restando apenas podermos contar com nossos instintos e o acaso. Um bom mentiroso sabe identificar outro a determinada distância. Enfim, não é certo de que a libertação está na verdade, pois, esta é a chave da dor. Se é pedido compaixão pelos mentirosos que tenhamos compaixão por nós mesmos, pela nossa covardia de enfrentar a verdade como ela nos enfrenta.
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