» Nossa história: Começo, meio e fim... Certo? «
Estou me esforçando para agrupar o maior número de lembranças de nós em um tempo em que nosso amor bastava, mas talvez cada vez que eu me distrai uma ou uma dúzia delas escapou por entre os vãos dos meus dedos, e pensar que eu me policiei tanto para que isso não acontecesse... Porém, seu silêncio e minha amargura me tiraram toda minha concentração, atenção e sono. Hoje, sem um motivo específico, peguei suas fotos escondidas no fundo de uma gaveta, antiga e em desuso, e procurei relembrar uma última vez quem você é e o que significou para mim. Sempre compartilhei nossa história em episódios específicos direta ou indiretamente, pois, nunca quis que descobrissem que eu ainda mantinha meus sentimentos por você, afinal, o número de pessoas que respeitaram tal sentimento até então é mínimo e muito limitado, portanto, decidi escrever minha versão dos fatos, não de uma maneira longa, mas breve e sincera. Como qualquer outra história a nossa tem dois lados e, como eu disse, esta é apenas minha visão.
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Observação: Antes de começar devo declarar que não me lembro a data exata de determinados fatos, logo, para que erros sejam evitados apenas mencionarei o mês ou a situação.
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O Início
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Jamais esquecerei a primeira vez em que me deparei com seu profile, mantenho a foto que você usava até hoje em uma mídia. Não demorou muito até que começassemos a conversar, eu havia declarado para mim mesmo que aquele garoto era areia demais para meu caminhãozinho de 16 anos. Então, você desapareceu pela primeira vez, eu estava compenetrado demais em salvar meu emprego e passar de ano para notar, quando você voltou eu mal recordava quem você era. Tivemos a oportunidade de evitar uma tragédia e a ignoramos. Me recordo de, sem sequer conhecer você, já sentir ciúmes dos outros garotos que diariamente tentavam prender sua atenção. Hoje, entendo que eu tinha inveja deles, na verdade, pois acreditava que eles teriam uma chance com você ao contrário de mim. Então, duas semanas após meu aniversário de 17 anos, decididos nos encontrar finalmente. Me lembro de desistir de você dias antes e você me mandar uma música, a qual me emociona até hoje (Escuta - Luiza Possi). Você alegava que não daria certo um namoro a tamanha distância, o que me tirava do sério. Ao menos, tamanha insistência valeu de alguma coisa.
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Estação Ana Rosa do metrô, linha verde, às 14h. Estava marcado, nosso primeiro encontro seria no Parque do Ibirapuera. Eu estava ansioso demais para encarar isso sozinho, então, convidei uma amiga que levou um grupo de colegas de trabalho. Você chegou às 14:20, suado e assustado, como quem corre para pegar o último ônibus, eu fiquei sem reação e só pude olhar para o relógio e, logo em seguida, para você. Me lembro de você dizendo que eu era alto e surpreendendo-se com minha tatuagem. Seguimos o caminho em silêncio, apenas obsersando e analisando um ao outro, me foge qualquer lembrança de diálogo no percurso até o Parque.
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Me recordo de uma breve troca de palavra antes de chegarmos naquela clareira, que até hoje tento reencontrar em vão, mas não consigo lembrar exatamente o assunto... Talvez fosse o silêncio entre nós... Enfim, nos sentamos um pouco afastados para podermos conversar sem interrupções e, então, me deitei para evitar seu olhar. Eu estava com vergonha demais para responder aos seus olhos na mesma intensidade. Foi, então, que você me pediu para que eu me levantasse possibilitando assim um beijo, nosso primeiro beijo. De primeira, me neguei e sugeri que você se desbruçasse sobre mim, você se negou e eu me levantei, olhei para o lado oposto antes de dirigir o olhar a você. Nosso primeiro beijo... Eu nunca disse como sua boca era macia e atraente, com um gosto acentuado de melância que marcou aquele beijo na história e me forçou regularmente a parar subitamente e respirar fundo para não me precipitar, em outras palavras, uma tentação.
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Estavamos indo embora, eu estava frustrado, você não havia mencionado nada sobre namoro até então e minha expectativa era grande demais para que eu pudesse me controlar, pedi você em namoro com a promessa de não haver mais brigas, ciúmes ou qualquer outro motivo que nos levasse ao afastamento definitivo. Uma passagem de ida ao paraíso. Me recordo de chegar na estaçãoe não passar o meu bilhete para você, acredite eu me envergonho disso! Cheguei até a me justificar posteriormente, mas o dia acabou com a lembrança de você me pedindo um beijo no vagão e eu mal podendo ouvi-lo pedi para que repetisse até que você simplesmente me beijou. Uma das minhas lembranças favoritas. Ao chegarmos na estação Sé, nosso tempo acabou e tivemos que nos separar pela primeira vez, você seguiria para a casa de sua avó, se não me engano, e eu ao shopping Tatuapé com minha amiga. Entretanto, aquela data marcou minha vida... Para sempre... 21 de julho de 2007.
2 concepções:
gostei muito. é um texto que diz muito sobre mim, faz eu me sentir menos isolado, menos excluído (primeiro porque uma das cenas passa no Tatuapé, huahua, segundo porque mostra coisas que eu já senti antes, acho ;).
abraços
Pasmo...
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