» O inferno é nós «
E, nesta madrugada, eu quero sair sem rumo, caminhar por ruas desconhecidas que me façam esquecer daquelas que conheço, quero desvendar mistérios já conhecidos, redescobrir em meio a tanta escuridão o gosto da sua boca e te amar, me condenando e me submeter aos seus julgamentos encaixotados e envelhecidos. Qualquer coisa que me dê um prazer momentâneo e me remeta à dor do inexistente.
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Quero inventar um novo ódio, esta noite. Um ódio repleto de amor que dispense a dor ou faça do tempo algo inalterável. Mas um ódio sem finalidade para que chame a atenção de seus olhos avermelhados de críticas e desmereça sua existência pelo simples fato de existir.
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Caso não baste e você almeje por mais, criarei um sonho baseado em sua dor para que seja capaz de enxergar lentamente a falência da vida e assim saciar sua sede indomável.
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Para mim, permitirei resgatar as mínimas lembranças espalhadas ao chão pelo rastro do seu cheiro e terá que me bastar pois é só o que encontrarei pelo seu caminho.
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Quando o sol raiar quero estar perdido numa selva de pedras intransponível e rirei da minha própria graça tentando vilmente me redimir de erros que não são meus, mas de um outro alguém que como eu pôde errar ou não e ainda assim optou por se condenar, me condenando sem saber.
1 concepções:
Caso não baste e você almeje por mais, criarei um sonho baseado em sua dor para que seja capaz de enxergar lentamente a falência da vida e assim saciar sua sede indomável.
NOSSA! isso é um verdadeiro des-engasgar!!!!! muito bem escrito! meus parabéns!
abraços!
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