A sexta postagem

Sufocando em seus álibis ☠

Em um instante, eu estava no topo daquela montanha, a montanha mais alta que eu já havia visto em toda minha vida, parecia intransponível. Um desafio apreciável, sedutor e perfeito. Pensar em superá-la se tornou minha meta há dois anos, não consegui me focar em mais nada, tudo me levava àquilo. Sempre haveria uma lembrança que despertaria diante de determinado momento, cada vez que eu lêsse determinada palavra ou presenciasse tal situação ou cena, todavia, eu encontrei rachaduras eternas em sua estrutura antes perfeita aos olhos desatentos de um jovem apaixonado pelo seu tesouro recém-encontrado. E, todo encanto foi perdido... Mesmo?
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Como seria fácil se nada nessa vida fosse questionável, tudo seria mais simples. Aquilo seria só aquilo e nada mais, ponto! Não haveria ninguém para dizer: "Não, isso não é aquilo! Se fosse..." e talvez tantos não sofressem, como eu sofro. Aliás, sofro? Não, não posso dizer que eu estou sofrendo apenas mantenho um sentimento indesejável, inevitável e não faço idéia de como lidar com ele.
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Particularmente, eu sempre me senti atraído por pintura em tela, não sei por que, mas aquilo me fascina inexplicavelmente. Ao longo da minha vida, que ainda não é muito longa, só o suficiente para aprender o básico, eu descobri que há pessoas que têm a habilidade de retratar ao seu redor um quadro, digamos assim, de acordo com seu desejo e qualquer um que olhe se deixará enganar pelos próprios olhos e não verá que por trás desta pintura há algo não revelado, um segredo profundo o suficiente para ser escondido de si mesmo até pelo próprio dono. Ah, que desgraça retratar os seus maiores desejos ao seu redor e não ser capaz de vivencia-lo interiormente!
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Não posso descartar a possibilidade de uma teoria infundada e que pode vir até ser considerada baseada em uma suposta inveja. Bom, convenhamos há uma inveja, sim. Mas não pela suposta felicidade, em momento algum eu quero menosprezar ou desacreditar na felicidade alheia, longe de mim. A inveja é em relação aos beijos, abraços, noites, dias, horas e minutos que já foram meus. Como ser humanos, estamos vulneráveis a todo e qualquer tipo de sentimento, é inevitável, infelizmente. Então, não há culpa para ninguém. Entretanto, com o tempo, eu espero aprender a lidar com o que não entendo... Fica a esperança, não é mesmo?

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