segunda-feira, 28 de setembro de 2009

A vigésima oitava postagem

Aceitação ●๋•

Pode parecer meio frustrante quando de repente percebemos que aquilo que acreditamos fazer de melhor não é exatamente nosso real dom, apenas uma habilidade extra. E, então, todo aquele pedaço de existência pode perder seu encanto completa e definitivamente, tornando-se uma ilusão por completo e até mesmo os poucos detalhes que antes poderiam ser salvos acabam caindo no mesmo abismo. Difícil aceitar que por anos passei enganando a mim mesmo que aquilo é o melhor para mim sem sequer ter ciência das outras opções.

Passei tanto tempo crente que minha escrita se diferencia das outras, que meu conhecimento é mais vasto que de muitos ao meu redor... Doce engano! O que me torna inteligente? Se não entendo tantas coisas... Deixo a desejar até mesmo em conhecimentos "básicos". Resta minha afinidade por filosofia e minha curiosidade em entender a mentalidade humana, mas não me interesso a ponto de ir atrás no que a mesma acredita ter descoberto até então.

Acredito no meu potencial porque o mesmo é palpável, para mim. Alimento meu vício por livros pois é ele que me mantém são em meio a tudo o que acontece ao meu redor. Entre tantas outras coisas que hoje descubro não terem me acrescentado tanto quanto eu gostaria. Começo a desacreditar que isso me faça diferenciar neste mundo, afinal, estou mais ciente do conhecimento alheio do que meu próprio.

Sempre me questionei como os outros conseguiam ser felizes na ignorância e repentinamente descubro que não sou diferente deles, apenas me enganei fingindo não ver que me igualo a eles em muitos critérios. Um ignorante, agora, ciente de sua própria ignorância. A qual foi ignorada por tanto tempo. Os grande filósofos acreditavam que este é o momento de luz, no qual grandes feitos são realizados. O momento em que toma-se consciência da própria ignorância e não tenta combatê-la, mas sim... aceitá-la.

♫ Ao longe posso ouvir: Please, Sister - The Cardigans

1 concepções:

Thermospolita disse...

Por alguma razão, você colocou em palavras tudo aquilo que eu tinha,até então, como sentimentos !

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